quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fisisologia





Estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicas nos seres vivos. De uma forma mais sintética, a fisiologia estuda o funcionamento do organismo. É estudada em diversas áreas, inclusive da saúde como Medicina, Odontologia, Biomedicina, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição, Educação Física, dentre outras biológicas.

A fisiologia biologia greega socorre-se dos conhecimentos proporcionados pela Física para explicar como decorrem essas funções vitais e segundo que princípios físicos. Efectivamente, os conceitos da Biologia são indissociáveis da Física (ainda que aqui se fale de Física num sentido mais lato, incluindo a química).


Alguns aspectos do funcionamento dos animais estudados pela fisiologia:

Evolução humana


Australopithecus

Os fósseis mais antigos aparentados com o homem são originário do Pleistoceno inferior e são chamados de Australopitecídeos.

O primeiro crânio foi descoberto em 1925 na África Meridional. Tal crânio pertencia a uma criança com 6 anos de idade, com volume craniano pequeno, maxilares robustos e acentuado prognatismo.

Posteriormente, ainda na África, descobriram-se inúmeros restos de esqueletos, de sorte que atualmente dispomos de uma centena de indivíduos, todos pertencentes aos Australepiticídeos. Seu estudo revela uma mistura de caracteres simiescos e humanos. Entre os primeiros salientam-se frente Saiva a volume craniano máximo de 700 centímetros cúbicos.

Dos caracteres humanes evidenciamos a existência de uma bacia e de uma articulação craniana, capazes de assegurar uma postura vertical quase perfeita.

As diferenças entre as amostras mostram a existência de dois gêneros distintos: Austrapolithecus e Paranthropus.

O Paranthropus, mais primitivo, desprovido de fronte, apresentava uma crista sagital, forte proeminência da arcada supra-orbital e, molares maciços, indicando um regime vegetariano.

O Australopithecus era mais evoluído: o crânio apresentava 650 centímetros cúbicos, com arcada supra-orbital pouco acentuada e dentição indicando um regime onívoro. As ossadas a as conchas encontradas junto às amostras demostram que os Australopithecus caçava, pescava, comendo carne e mariscos. O Paranthropus só viveu até a metade do Pleistoceno, ao passo que o Australopithecus, melhor adaptado, prosseguiu sua evolução originando o homo sapiens:

Homo habilis

Em 1960 Louis Leakey encontrou, na África, cerca de seis fósseis e os chamou de Homo habilis. A reconstrução do Home habilis sugere uma criatura com 1,25m de altura, dentes - Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas aos maxilares superior e inferior, cuja atividade principal é a mastigação. Os conhecimentos biológicos são formados desde a pré história, através de fundamentos empíricos. Dentes pequenos e pés semelhantes aos do homem.

Junte com os restos foram encontrados seixos trabalhos com bordos cortantes, indicando que o Homo habilis era capaz de trabalhar a pedra. Essa espécie, datada de 1.700.000 anos é considerado o ancestral da espécie humana.

Homo erectus

O ipedloucura16de Java, um dos mais antigos hominídeos, foi descoberto por Eugene Dubois, em 1891, na região leste de Java. Inicialmente foi chamado de Pithecantropus erectus, nome posteriormente alterado para Homo erectus. A reconstrução esquelética indicou que o adulto atingia 1,70m de altura, pesava 70 quilogramas a tinha um andar semelhante ao ipedloucura16atual.

A capacidade craniana variava de 700 a 1.100 centímetros cúbicos. As arcadas supra-ciliares eram preeminentes e não apresentava queixo, dentes grandes e caninos não ultrapassando os demais dentes. Vivia em cavernas ou abrigos de pedras, por ele construídos. Em 1920 escavações em cavernas próximas a Pequim, Davidson Black encontram o chamado homem de Pequim e deu-lhe o nome de Sinanthropus pekinensis, porém, a descoberta de outros espécimes revelou que se tratava de uma variedade do Homo erectus.O crânio, dotado de protuberâncias supra-erbitais apresentava uma capacidade de 1075 centímetros cúbicos. Ao lado do homem de Pequim foram encontrados objetos talhados em pedra a restes de cinza, provando o conhecimento do fogo.

Homo Sapiens

Há cerca de 70.000 anos atrás, surgiu o Home sapiens, do qual existem numerosas amostras. Ele teria se apresentado em duas superfícies: Homo sapiens neanderthalensis e Homo sapiens sapiens.

O primeiro, homem de Neandertal, foi descoberto no vale de Neander, próximo a Dusseldorf, sendo da constituição forte, cuja altura variava de 1,50 a 1,60m.

sábado, 2 de outubro de 2010

Embriologia


A maioria das espécies animais e vegetais apresenta mecanismos de reprodução sexual que consistem basicamente na formação dos gametas masculinos e femininos, células especiais que possuem a metade dos cromossomos (onde está contida a informação genética) que o adulto requer e que, mediante sua união, formam o ovo ou zigoto, a partir do qual se origina um novo indivíduo.

Embriologia é a ciência biológica que estuda, nos vegetais e animais, o desenvolvimento da semente ou do ovo até constituir um espécime completo. Para alguns, seu campo de aplicação se estende aos processos de formação dos gametas e à fecundação.


Embriologia vegetal

As plantas superiores, que produzem sementes, formam células geradoras de gametas. São os gametófitos masculinos (microgametófitos) e femininos (macrogametófitos), que têm origem em órgãos especializados denominados esporângios (microesporângios e macroesporângios, respectivamente). Nas gimnospermas (plantas que não florescem nem frutificam), os microesporângios acham-se em estruturas cônicas chamadas estróbilos e os macroesporângios em outras, também cônicas e de maior tamanho, chamadas macrostóbilos - que correspondem, por exemplo, às pinhas do pinheiro. Por sua vez, nas angiospermas (vegetais que dão flor e fruto), os microesporângios correspondem a órgãos homólogos, as anteras, e os macroesporângios, aos pistilos.

Nas gimnospermas, o microgametófito é constituído de uma célula vegetativa e outra generativa, ambas haplóides (com um só jogo cromossômico, conseqüência do processo de divisão celular conhecido como meiose). A partir da célula generativa, durante o processo de fecundação, formam-se duas células, a pedicular e a espermatógena. O núcleo desta última se biparte, e assim a célula passa a constar de quatro núcleos haplóides. Nas plantas angiospermas, o microgametófito compõe-se de uma só célula, que contém três núcleos haplóides, dois espermáticos e um vegetativo.

O macrogametófito se compõe, nas gimnospermas, de múltiplas células haplóides, várias das quais são óvulos (gametas femininos que se fundem com um núcleo espermático, para formar o zigoto) e, nas angiospermas, de sete células: uma central, com dois núcleos haplóides, e dois grupos de três células haplóides em posição polar.

Quando o micromegatófito contido num grão de pólen entra em contato com um macroesporângio, dá-se a polinização. O grão de pólen lança o tubo polínico, pelo qual migram os núcleos espermáticos, que entram em contato com as células do macromegatófito para processar-se a fecundação. Nas gimnospermas, três dos núcleos do micromegatófito degeneram e o restante se funde com o óvulo para formar o zigoto. Nas angiospermas, um dos núcleos espermáticos se une ao óvulo (a célula central de um dos pólos do macromegatófito) e o outro se funde com os dois núcleos da célula central. Assim se constitui o endosperma, tecido de reserva que serve de nutriente ao embrião durante seu desenvolvimento.

Os zigotos formados começam a dividir-se ativamente mediante mitose, até formar o embrião, que consta de uma raiz e um talo jovens e de dois ou mais cotilédones (folhas embrionárias), nas gimnospermas, e de um ou dois cotilédones nas angiospermas (conforme sejam monocotiledôneas ou dicotiledôneas). A multiplicação das células caracteriza distintas zonas embrionárias, além dos cotilédones: nas dicotiledôneas, por exemplo, se distinguem o núcleo ou meristema radicular, a fração central ou hipocótilo, a superior ou meristema caulinar, o Albume e o tegumento da semente. Rodeada dos restos de tecido do macroesporângio, constituem-se as sementes que, no caso das angiospermas, ficam dentro do fruto. Depois de uma fase de latência, as sementes germinam e dão início ao crescimento da planta.


Embriologia animal

Nos animais, o embrião pode dar lugar a um adulto, em processo de crescimento direto, ou produzir uma larva que passará por metamorfose para converter-se em adulto. As células que apresentam dois jogos cromossômicos homólogos são diplóides e os organismos correspondentes diplontes. Isso ocorre em todos os animais: durante a gametogênese, formam-se os gametas (óvulos nas fêmeas e espermatozóides nos machos), que só têm um jogo cromossômico como resultado da meiose.

Na fecundação, o núcleo do espermatozóide funde-se com o óvulo para formar o zigoto, que assim constitui a célula diplóide. O embrião pode desenvolver-se fora do organismo a partir do qual se formou, alimentando-se de uma substância proporcionada pelo óvulo, o vitelo (caso dos animais ovíparos, como as aves), no interior do gerador, também com nutrição vitelina (animais ovovivíparos, como alguns répteis), ou ainda no interior, mas com alimentação fornecida pelo organismo (caso dos animais vivíparos, como os mamíferos).

Fases de desenvolvimento embrionário. A complexidade do processo de crescimento do embrião impõe a atribuição de denominações específicas a numerosas células e grupamentos celulares que intervêm em suas sucessivas etapas de desenvolvimento.

Segmentação: O começo do processo embrionário consiste na divisão mitótica do zigoto, que dá origem a duas células que voltam a dividir-se. O processo se repete à medida que aumenta o número de células (2, 4, 8, 16...) até formar uma densa esfera de células, a mórula. O resultado final desse processo, chamado segmentação, é o estado da blástula (nos mamíferos, blastocisto), formada por um conjunto de células denominadas blastômeros e que normalmente contêm uma cavidade, o blastocele (lecitocele nos mamíferos).

Gastrulação: O estado da blástula dá lugar a outro mais desenvolvido, o da gástrula, mediante o processo chamado gastrulação, em que se formam as três camadas celulares fundamentais dos embriões dos animais superiores: o ectoderma na parte externa, o endoderma na interna e o mesoderma entre ambas. Durante a gastrulação, desaparece o blastocele (se existia) e forma-se uma nova cavidade, o arquêntero, que dará lugar ao intestino do animal. O arquêntero comunica-se com o exterior por um orifício dito blastóporo, onde têm origem a boca do animal (nos protostomados) e o ânus (nos deuterostomados).

O ectoderma e o endoderma podem formar-se mediante diferentes mecanismos, os mais comuns dos quais são a embolia, em que uma parte da blástula se invagina e cresce até entrar em contato com a parte não invaginada, e a epibolia, em que uma parte da blástula cresce e recobre o resto. Uma vez formados o ectoderma e o endoderma, o mesoderma origina-se a partir das células de um deles ou de ambos.

Organogênese: Depois de formar-se a gástrula, ocorre proliferação celular e amplo movimento e migração de células, abre-se um poro secundário (que origina a boca ou o ânus) e formam-se pregas e bolsas, fenômenos que, em conjunto, se conhecem como organogenesia, e que dão lugar à constituição dos diferentes órgãos do animal. De modo geral, o ectoderma constitui o sistema nervoso e a pele, o endoderma os aparelhos respiratório e digestivo, como as glândulas a estes associadas, e o mesoderma os ossos, os músculos, os aparelhos excretor, circulatório e reprodutor.

Animais amniotas: Os embriões de répteis, aves e mamíferos encontram-se protegidos por uma série de membranas. O cório acha-se imediatamente debaixo da casca do ovo nos répteis, aves e mamíferos monotremados e une-se à parede do útero da mãe nos mamíferos superiores, para formar a placenta. A segunda membrana é o âmnio, que contém o líquido amniótico.

As duas camadas restantes são invaginações do tubo digestivo: o saco vitelino, cheio de vitelo (exceto nos mamíferos superiores), que serve de alimento ao embrião, e o alantóide, que nos animais que põem ovos se liga à casca pormeio de vasos e serve tanto para a respiração como para o acúmulo de substâncias rejeitadas. Nos mamíferos superiores, liga-se à placenta, serve às mesmas funções e ao transporte de alimentos fornecidos pelo sangue da mãe. Nesses animais, o alantóide e a vesícula vitelina (muito reduzida) são rodeados por tecido conectivo e pela pele, constituindo o cordão umbilical.

Regulação e mosaico: Nos primeiros passos da segmentação, varia o comportamento de certas espécies, nas quais está determinada a parte do corpo originada de cada célula ou blastômero. Diz-se, em tal caso, que o embrião apresenta um comportamento de mosaico, ou que está determinado. Por exemplo, nas ascídias, animais em geral marinhos, quando se separa um dos blastômeros formados depois da primeira divisão celular, o restante produz apenas a metade do embrião.

Em outros casos, como o do ouriço-do-mar, uma operação similar resulta na produção do embrião completo: o blastômero restante é capaz de assumir as funções do que foi eliminado. Diz-se, então, que o ovo apresenta regulação. É um mecanismo desse tipo que intervém no desenvolvimento do embrião humano. Em geral, depois de algumas divisões celulares a partir da inicial do zigoto, cada zona do embrião está determinada e se denomina campo morfogenético.

Indução: Ao se transplantar para um embrião de anfíbio certos tecidos de outro embrião, os tecidos adjacentes aos transplantados não se desenvolvem como habitualmente, para dar lugar à estrutura que originariam em condições normais, mas se transformam em outros, associados aos transplantados. Dá-se a esse fenômeno o nome de indução. Quando, por exemplo, se transplanta de um embrião uma estrutura em forma de círculo retirada da área do globo ocular para a área do ectoderma ventral de outro embrião, as áreas adjacentes ao transplante, que normalmente produzem pele, se diferenciam e formam o cristalino do olho.

Um exemplo mais espetacular é o transplante do lábio dorsal do blastóporo, que provoca a formação de um embrião secundário completo. Devido a isso, se conhece essa área como centro organizador. Acredita-se que a segregação de uma substância, chamada organizadora, seja responsável pela organização dos tecidos do embrião. Estima-se que, nas sucessivas etapas de diferenciação dos tecidos, produzem-se fenômenos de indução desse tipo que, devidamente controlados, possibilitam a reparação de defeitos e malformações congênitas de origem embrionária.


Embriologia humana

Apesar dos progressos na fecundação humana em proveta, certas particularidades do desenvolvimento embrionário ainda não estão bem esclarecidas. Conhecer a idade exata de um embrião ou feto é praticamente impossível, pois raramente se consegue determinar o momento exato em que se deu a fecundação. Sabe-se, porém, que ocorre nas 24 horas depois da ovulação e, em média, nas mulheres que apresentam ciclos menstruais bem definidos, dá-se freqüentemente no 14º dia após iniciado o último período menstrual.

Quando se levam em conta diferentes casos isolados ou ainda diferentes gestações de uma mesma mulher, verifica-se que o período de desenvolvimento intra-uterino é bastante variável. Por ocasião do parto, em cinqüenta por cento dos casos o feto tem 266 dias (com uma margem de sete dias para mais ou para menos) -- ou seja, 280 dias, o que corresponde ao tempo convencional de uma gestação, menos os 14 dias correspondentes à primeira metade do ciclo menstrual.

O período pré-natal pode ser dividido em três etapas, mais ou menos distintas: (1) implantação do blastocisto, o que corresponde às três primeiras semanas do desenvolvimento, quando ficam diferenciados os epitélios germinativos e esboçadas as membranas extra-embrionárias; (2) fase embrionária (da quarta à oitava semana), quando os processos de diferenciação e crescimento são muito rápidos e se constituem os principais sistemas de órgãos; (3) fase fetal (do terceiro ao nono mês de gestação), quando há uma complementação parcial do crescimento e alterações na forma externa.

Implantação do blastocisto: Numa ejaculação normal, são lançados cerca de três centímetros cúbicos de sêmen, que contêm de 200 a 300 milhões de espermatozóides. Depois de liberados dos túbulos seminíferos, os espermatozóides tornam-se ativos e, depositados na vagina, espalham-se por todo o útero e trompas, chegando ao infundíbulo. Se tiver ocorrido ovulação, o óvulo cai no infundíbulo, onde é fecundado. Graças aos movimentos conjugados dos cílios existentes na camada epitelial e às contrações rítmicas da trompa, o ovo é deslocado para o útero.

Não se sabe exatamente quanto tempo o óvulo gasta para atravessar a trompa (oviduto). Presume-se que esse tempo seja de três a quatro dias. No sexto dia depois da fecundação, o blastocisto "fixa-se" no endométrio do útero, iniciando a fase de implantação. Nessa fase, o embrião vive à custa do material difusível através do endométrio, uma vez que suas reservas nutritivas (vitelo) são mínimas. A implantação ocorre normalmente na parede posterior do corpo do útero, no espaço entre a abertura de glândulas do endométrio. Não é raro, porém, o blastocisto implantar-se em locais anormais, fora do corpo do útero. Em geral isso leva à morte do embrião, e a mãe sofre severa hemorragia durante o primeiro ou segundo mês de gestação.

Fase embrionária: Durante o segundo mês de gestação, ou seja, da terceira à oitava semana do desenvolvimento, o embrião atinge cerca de 25mm. As partes da cabeça e do tronco podem facilmente ser reconhecidas. Dobrado sobre si mesmo, o embrião mantém a parte superior da cabeça voltada para baixo, em direção à cauda. Aparecem os rudimentos dos membros (quarta a quinta semana).

Os órgãos genitais podem ser considerados como indiferenciados, pois não têm forma definida, de modo que, pelo simples exame deles, não se consegue indicar o sexo do embrião. Na região da face, o desenvolvimento caracteriza-se pela formação do nariz (a partir dos placóides nasais, que se situam na parte frontal, pouco acima da "boca") e pela diferenciação do olho, a partir dos placóides ópticos.

Fase fetal: A partir do terceiro mês, o embrião, que agora se chama feto, inicia alguns movimentos respiratórios, apesar de estar imerso no líquido amniótico. Seus movimentos ainda não são percebidos pela mãe. Os olhos deslocam-se para a posição definitiva e inicia-se a diferenciação na genitália externa. No quarto mês, o feto tem o peso aumentado em aproximadamente seis vezes (passa de vinte para 120 gramas).

Durante o quinto e o sexto mês de gestação, inicia-se o crescimento dos cabelo, cílios e supercílios, bem como um desenvolvimento acentuado das unhas. Os movimentos realizados pelo feto são perfeitamente percebidos pela mãe. Caso seja retirado do ventre materno, consegue manter a respiração por mais 24 horas e pode até sobreviver em um incubador, desde que tomados alguns cuidados especiais.

Inicia-se no oitavo mês da gestação a deposição de gordura subcutânea, de maneira que o feto perde a aparência enrugada do estágio anterior. Por ser a cabeça bastante pesada em relação ao corpo, o feto ocupa, no útero, uma posição normalmente invertida. Sua pele está recoberta de uma substância esbranquiçada e gordurosa, a vernix caseosa, composta de uma secreção produzida pelas glândulas sebáceas.

O feto ganha muito peso durante os dois últimos meses da gestação. Devido, porém, à perda de eficiência da placenta, pára de crescer por volta do 260o dia de gestação. Depois do nascimento, o recém-nascido é capaz de manter sua temperatura corporal, graças à aceleração de seu metabolismo.

Placenta: Originalmente formada pela associação das membranas extra-embrionárias (cório e alantóide) e do endométrio do útero, a placenta é um órgão temporário, mas o principal responsável pelo intercâmbio de alimento e oxigênio necessários ao desenvolvimento do feto. Deve desempenhar, para o feto, as funções que, no adulto, são normalmente desempenhadas pelos pulmões, fígado, intestino, rins e glândulas endócrinas. Atua ainda como barreira para muitos microrganismos patogênicos e várias substâncias tóxicas, prevenindo sua transfusão da mãe para o feto. Com a forma e o tamanho de um prato fundo, liga-se ao feto pelo cordão umbilical.

Também podem passar pela placenta aminoácidos, uréia, ácido úrico, creatina e creatinina. A transmissão dos carboidratos é mais complicada: a placenta é capaz de retirar a glicose do sangue da mãe e convertê-la em glicogênio, que parece ser a reserva alimentar do feto. Além disso, passam facilmente da mãe para o feto íons de sódio, potássio, magnésio, fósforo e cálcio, água, vitaminas, hormônios, antígenos, anticorpos, alguns medicamentos e quase todos os vírus.

A mãe pode então imunizar, passivamente, o filho, pela transfusão de anticorpos produzidos pela imunização ativa de qualquer infecção que ela tenha tido. Assim, se ela estiver defendida de certas doenças como a difteria, a escarlatina ou a varíola, o feto estará imunizado contra essas doenças infecciosas.

Gêmeos e partos múltiplos: Na espécie humana, a estrutura e função do útero da mulher estão adaptadas ao desenvolvimento de um só indivíduo, o que corresponde ao tipo mais comum de reprodução. Os gêmeos representam um desvio dessa condição normal, pois de um mesmo útero nascem dois ou mais indivíduos. Tudo indica que a disposição gemelar decorre de um caráter hereditário que envolve tanto a mãe como o pai, mas principalmente a mãe.

Alguns gêmeos são tão parecidos que dificilmente se consegue distingui-los (iguais, univitelinos), enquanto outros são pouco parecidos e podem ser inclusive de sexos opostos (desiguais, fraternos, dizigóticos). Os primeiros derivam de um único ovo e ocorrem numa freqüência de cerca de três para mil partos simples.

domingo, 16 de maio de 2010

Divisão Celular


Os cromossomos são responsáveis pela transmissão dos caracteres hereditários, ou seja, dos caracteres que são transmitidos de pais para filhos. Os tipos de cromossomos, assim como o número deles, variam de uma espécie para a outra. As células do corpo de um chimpanzé, por exemplo, possuem 48 cromossomos, as do corpo humano, 46 cromossomos, as do cão, 78 cromossomos e as do feijão 22.


Os cromossomos são formados basicamente por dois tipos de substâncias químicas: proteínas e ácidos nucléicos. O ácido nucléico encontrado nos cromossomos é o ácido desoxirribonucléico – o DNA. O DNA é a substância química que forma o gene. Cada gene possui um código específico, uma espécie de “instrução” química que pode controlar determinada característica do indivíduo, como a cor da pele, o tipo de cabelo, a altura, etc.

Cada cromossomo abriga inúmeros genes, dispostos em ordem linear ao longo de filamentos. Atualmente, estima-se que em cada célula humana existam de 20 mil a 25 mil genes. Os cromossomos diferem entre si quanto à forma, ao tamanho e ao número de genes que contêm.

Células haplóides e diplóides

Para que as células exerçam a sua função no corpo dos animais, elas devem conter todos os cromossomos, isto é dois cromossomos de cada tipo: são as células diplóides. Com exceção das células de reprodução (gametas), todas as demais células do nosso corpo são diplóides. Porém, algumas células possuem em seu núcleo apenas um cromossomo de cada tipo. São as células haplóides. Os gametas humanos – espermatozóides e óvulos – são haplóides. Portanto os gametas são células que não exercem nenhuma função até encontrarem o gameta do outro sexo e completarem a sua carga genética.

Nos seres humanos, tanto o espermatozóide como o óvulo possuem 23 tipos diferentes de cromossomos, isto é, apenas um cromossomo para cada tipo. Diz-se então que nos gametas humanos n= 23 (n é o número de cromossomos diferentes). As demais células humanas possuem dois cromossomos de cada tipo. Essas células possuem 46 cromossomos (23 pares) no núcleo e são representadas por 2n = 46.

Nas células diplóides do nosso corpo, os cromossomos podem, então, ser agrupados dois a dois. Os dois cromossomos de cada par são do mesmo tipo, por possuírem a mesma forma, o mesmo tamanho e o mesmo número de genes. Em cada par, um é de origem materna e outro, de origem paterna.

Tipos de divisão celular

Mitose

É o processo de divisão celular que permite a distribuição dos cromossomos e dos constituintes citoplasmáticos da célula-mãe igualmente entre as duas células-filhas. Tal processo é responsável pela multiplicação dos indivíduos unicelulares e pelo crescimento dos pluricelulares, por realizar o aumento do número de células.


As fases da mitose:

1. Prófase

È a fase inicial da mitose, em que se começa a notar alteração no núcleo e no citoplasma. Com um considerável aumento do volume nuclear e com a condensação da cromatina, formando os cromossomos.
Cada cromossomo é constituído de duas cromátides unidas pelo centrômero, o que significa que a duplicação dos cromossomos ocorreu antes da prófase, ou seja, na interfase.
O inicio da prófase é marcado pela duplicação dos centríolos, cada um dos centríolos resultantes vão migrando para os pólos opostos da célula. A carioteca fragmenta-se e o fuso passa a ocupar a zona axial da célula.

2. Metáfase

Os cromossomos atingem seu grau máximo de condensação e se colocam no equador do fuso. Há dois tipos de fibras no fuso: as continuas que vão de centríolo a centríolo, e as cromossômicas, que vão de centríolo a centrômero.

3. Anáfase

Divisão longitudinal do centrômero.
Cromossomos-filhos migram para os pólos da célula, orientados pelas fibras do fuso.

4. Telófase

Desaparecimento das fibras do fuso.
Organização da carioteca e do nucléolo.
Desespiração dos cromossomos.
Fim da cariocinese e inicio da citosina.


Meiose

A meiose (sigla = R!) é um processo de divisão celular pelo qual uma célula diplóide (2N) origina quatro células haplóides (N), reduzindo à metade o número de cromossomos constante de uma espécie. Sendo subdividido em duas etapas: a primeira divisão meiótica (meiose I) e a segunda divisão meiótica (meiose II).

Na primeira etapa, também denominada reducional, ocorre a diminuição no número de cromossomos. Na segunda, equacional, o número de cromossomos das células que se dividem é mantido igual aos das células que se formam.

Dependendo do grupo de organismos, a meiose pode ocorrer em diferentes momentos do ciclo de vida: na formação de gametas (meiose gamética), na produção de esporos (meiose espórica) e logo após a formação do zigoto (meiose zigótica).

As duas etapas possuem fases que se caracterizam por eventos biológicos marcantes, sendo relacionadas e descritas abaixo:


Meiose I

Prófase I → é uma fase muito extensa, constituída por 5 subfases:

Leptóteno – inicia-se a individualização dos cromossomos estabelecendo a condensação (espiralização), com maior compactação dos cromonemas;

Zigóteno – aproximação dos cromossomos homólogos, sendo esse denominado de sinapse;

Paquíteno – máximo grau de condensação dos cromossomos, os braços curtos e longos ficam mais evidentes e definidos, dois desses braços, em respectivos homólogos, se ligam formando estruturas denominadas bivalentes ou tétrades. Momento em que ocorre o crosing-over, isto é, troca de segmentos (permutação de genes) entre cromossomos homólogos;

Diplóteno – começo da separação dos homólogos, configurado de regiões quiasmas (ponto de intercessão existente entre os braços entrecruzados, portadores de características similares);

Diacinese – finalização da prófase I, com separação definitiva dos homólogos, já com segmentos trocados. A carioteca (envoltório membranoso nuclear) desaparece temporariamente.

Metáfase I → os cromossomos ficam agrupados na região equatorial da célula, associados às fibras do fuso;

Anáfase I → encurtamento das fibras do fuso, deslocando os cromossomos homólogos para os pólos da célula. Nessa fase não há separação do centrômero (ponto de ligação das cromátides irmãs em um cromossomo).

Telófase I → desespiralização dos cromossomos, retornando ao aspecto filamentoso, havendo também o reaparecimento do nucléolo bem como da carioteca e divisão do citoplasma (citocinese), originando duas células haplóides.

Meiose II

Prófase II → os cromossomos voltam a se condensar, o nucléolo e a carioteca desaparecem novamente. Os centríolos se duplicam e se dirigem para os pólos, formando o fuso acromático.

Metáfase II → os cromossomos se organizam no plano equatorial, com suas cromátides ainda unidas pelo centrômero, ligando-se às fibras do fuso.

Anáfase II → separação das cromátides irmãs, puxadas pelas fibras em direção a pólos opostos.

Telófase II → aparecimento da carioteca, reorganização do nucléolo e divisão do citoplasma completando a divisão meiótica, totalizando 4 células filhas haplóides.

Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Vacúolos


Os vacúolos (do latim "vaccuus" - vácuo csbr) são estruturas celulares, muito abundantes nas células vegetais, contidas no citoplasma da célula, de forma mais ou menos esféricas ou ovalado, geradas pela própria célula ao criar uma membrana fechada que isola um certo volume celular do resto do citoplasma. Seu conteúdo é fluido, armazenam produtos de nutrição ou de excreção, podendo conter enzimas lisosômicas (enzimas hidrolíticas, principalmente hidrolases) ou até mesmo pigmentos, caso em que tomam o nome de vacúolos de suco celular.

Nas células animais os vacúolos são raros e não têm nenhum nome específico. Contudo, as células do tecido adiposo (os adipócitos) possuem vacúolos repletos de gordura, que servem como reserva energética.

Nos protozoários podem ter funções diversas, como seus nomes indicam: vacúolo digestivo, vacúolo pulsátil ou excretor.

domingo, 18 de abril de 2010

Mitocôndria

As mitocôndrias (do grego mito: filamento e chondrion: grânulo) estão presentes no citoplasma das células eucarióticas, sendo caracterizadas por uma série de propriedades morfológicas, bioquímicas e funcionais.Geralmente, são estruturas cilíndricas com aproximadamente 0,5micrômetros de diâmetro e vários micrômetros de comprimento. Uma célula hepática normal pode conter de 1.000 a 1.600 mitocôndrias, enquanto alguns ovócitos podem conter até 300.000. Microfilmagens em intervalos de células vivas mostram que as mitocôndrias são organelas notavelmente móveis e plásticas, mudando constantemente suas formas e mesmo fundindo-se umas com as outras e se separando novamente. Possuem organização estrutural e composição lipoprotéica características, e contêm um grande número de enzimas e coenzimas que participam das reações de transformação da energia celular.




A mitocôndria de acordo com a figura acima é organizada em:

Matriz: a matriz contêm uma mistura altamente concentrada de centenas de enzimas, incluindo aquelas necessárias à oxidação do piruvato e ácidos graxos e para o ciclo de Krebs. A matriz contêm também várias cópias do DNA mitocondrial, ribossomos mitocondriais essenciais, RNAt, e várias enzimas requeridas para expressão dos genes mitocondriais. Membrana Interna: a membrana interna é desbobrada em numerosas cristas que aumentam grandemente a sua área superficial total. Ela contêm proteínas com três tipos de funções: 1. aquelas que conduzem as reações de oxidação da cadeia respiratória 2. um complexo enzimático chamado ATPsintetase, que produz ATP na matriz 3. proteínas transportadoras específicas, que regulam a passagem para dentro e fora da matriz. Uma vez que um gradiente eletroquímico é estabelecido, através dessa membrana pela cadeia respiratória, para direcionar a ATPsintetase, é importante que a membrana seja impermeável a maioria dos pequenos íons. Membrana Externa: devido ao fato de conter uma grande proteína formadora de canais (chamada de porina), a membrana externa é permeável a todas as moléculas de 5.000daltons ou menos. Outras proteínas existentes nesta membrana incluem as enzimas envolvidas na síntese de lipídeos mitocondriais e enzimas que convertem substratos lipídicos em formas que possam ser subseqüentemente metabolizados na matriz. Espaço Intermembrana: esse espaço contêm várias enzimas que utilizam o ATP proveniente da matriz para fosforilar outros nucleotídeos.

Função da mitocôndria:

A mitocôndria realiza a maior parte das oxidações celulares e produz a massa de ATP ( energia celular) das células animais. Na mitocôndria o piruvato e os ácidos graxos são convertidos em acetil-CoA que são oxidados em CO2, através do ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico). Grandes quantidades de NADH e FADH2 são produzidas por essas reações de oxidação. A energia disonível, pela combinação do oxigênio com os elétrons reativos levados pelo NADH e pelo FADH2, é regulada por uma cadeia transportadora de elétrons na membrana mitocondrial interna denominada de cadeia respiratória.

A cadeia respiratória bombeia prótons ( H+) para fora da matriz para criar um gradiente eletroquímico de hidrogênio transmembrana. O gradiente transmembrana, por sua vez, é utilizada para sintetizar ATP e para dirigir o transporte ativo de metabólitos específicos através da membrana mitocondrial interna. A combinação dessas reações é responsável por uma eficiente troca ATP-ADP entre a mitocôndria e o citosol de tal forma que o ATP pode ser usado para prover muitas das reações celulares dependentes de energia.

Retículo endoplasmático liso e retículo endoplasmático rugoso

O Retículo Endoplasmático, imaginando uma fábrica, poderia representar os corredores ou as esteiras onde os produtos produzidos são "despejados". Ele é práticamente um "organóide multiuso".Tem como principais funções o transporte de materiais (substâncias) pela célula e também o armazenamento destes materiais em dilatações (como se fossem pequenos armazéns). Além disto, o retículo pode produzir substâncias, como certos lipídios, que são produzidos no retículo liso de células do ovário humano

O retículo endoplasmático é dividido em dois tipos: o retículo endoplasmático liso e o retículo endoplasmático rugoso (também chamado de ergastoplasma). A diferença entre os dois é simples, o rugoso, em sua parede externa, possui ribossomos, que são pequenos organóides fabricantes de proteínas. O liso, não possui estes ribossomos (por isso ele chama liso).

Essa organela é bem difundida na célula, em alguns casos, ela fica aderida à membrana do núcleo (chamada carioteca).


Retículo Endoplasmático Liso - REL

As células que possuem REL mais desenvolvido realizam intensa atividade de síntese de esteróides, colesterol e triglicérides, armazenam glicogênio ou possuem atividade de desintoxicação (ex.: hepatócito). As enzimas necessárias ao metabolismo de lipídios e açúcares estão associadas à membrana do REL ou em seu lume. Além disso, o REL tem importante função no controle do Ca2+ intracelular. Nas fibras musculares estriadas, onde a liberação de Ca2+ para o citossol é essencial para o mecanismo de contração das miofibrilas, mecanismos ativos de transporte associados à membrana do REL possibilitam a rápida movimentação do Ca2+ para fora e para dentro de suas cisternas.

Retículo endoplasmático Rugoso - RER

O é composto por uma rede tridimensional de túbulos e cisternas interconectados, que vai desde a membrana nuclear (a cisterna do RE é contínua com a cisterna perinuclear) até a membrana plasmática. É dividido em dois setores: RERugoso - com poliribossomas aderidos à face citosólica, e RELiso - que além de não possuir polirribossomas aderidos, apresenta diferente composição protéica e enzimática de sua membrana e conteúdo.

A ligação de polirribossomas à superfície citosólica do RER é feita através de proteínas integrais:

* Docking protein (partícula receptora de reconhecimento de sinal)
* Riboforinas I e II (proteínas receptoras do ribossoma)
* Proteína do Poro

A presença de polirribossomas no RER possibilita sua função: síntese de proteínas. Por isto ele e tão desenvolvido em células com intensa síntese protéica, destinada à exportação ou a organelas com membrana. Além disso, o RER também participa de modificações pós-traducionais protéicas: sulfatação, pregueamento e glicosilação.